Presidente Maurício Porto se aposenta após 37 anos de serviço ao MAPA

Benefício foi concedido nesta quinta-feira (01/02/2018). Porto conta que já vinha amadurecendo a ideia de se aposentar desde 2016, quando se iniciaram os debates sobre a Reforma da Previdência. O Auditor Agropecuário deixa a carreira com vasto currículo de atividades e “sensação de dever cumprido”

O presidente do Anffa Sindical, Maurício Porto, teve a aposentadoria voluntária publicada nesta quinta-feira (01/02) pelo Diário Oficial da União – DOU (Confira). De acordo com Porto, a ideia de se aposentar já vinha sendo amadurecida por ele desde 2016, quando se iniciaram os debates sobre a Reforma da Previdência, contudo, o presidente preferiu aguardar o resultado das eleições 2017-2020 do Anffa Sindical.

“Tenho um compromisso com o Sindicato até outubro de 2020, mas, caso não fosse reeleito, talvez continuasse trabalhando no MAPA, em Goiás, por mais algum tempo”, conta o Auditor, com 61 anos de idade.

Porto explica que sua reeleição como presidente do Sindicato pesou na decisão da aposentadoria pelo fato de que, ao exercer atividade classista no Anffa Sindical, a entidade precisava ressarcir à União, mensalmente, os valores referentes ao salário e encargos do presidente enquanto Auditor Agropecuário do quadro do MAPA.

“Com a aposentadoria, o Sindicato agora fica exonerado da necessidade desse ressarcimento e esses valores poderão ser utilizados nas atividades sindicais”, conta.
 

Trajetória

Engenheiro agrônomo graduado em 1979 pela Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás, Maurício Porto iniciou as atividades no Ministério da Agricultura em dezembro de 1980, em Brasília, onde atuou por dois anos, transferindo-se, então, para Goiás, onde permaneceu até os dias atuais. O presidente do Anffa Sindical relembra que, na época, deixou o emprego que tinha na iniciativa privada, com vencimento 50% superior ao do MAPA, com objetivo de organizar e fazer a carreira crescer.

“Durante esses 37 anos, me dediquei efetivamente às questões das melhorias das condições de trabalho para os Fiscais Agropecuários e até para o conjunto de servidores do MAPA, como a instituíção do Plano de Saúde, do ticket alimentação e melhores condições de trabalho. Participei de todas as etapas e demandas importantes para a carreira, desde às discussões de sua criação, estruturação e crescimento ao longo de todos esses anos. Me aposento, hoje, com a sensação de dever cumprido”, afirma Porto.

De lá para cá, o presidente conta que, em todos esses anos de dedicação ao MAPA, não registrou nenhuma falta ao trabalho. Entre os cargos e Funções exercidas no Órgão, foi coordenador regional Centro Oeste dos Laboratórios da Área Vegetal do Ministério da Agricultura, por 19 anos (de 1984 a 2003), e chefe da Divisão Técnica da Superintendência Federal de Agricultura em Goiás (1986-1990). Nas atividades classistas e, mais especificamente ligadas à Carreira, foi fundador, em 2000, da Associação dos Fiscais Federais Agropecuários do Ministério da Agricultura no Estado de Goiás – AFFAMA/GO e da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários – ANFFA (a qual foi presidente de 2002 a 2004), entidade que deu suporte para, anos mais tarde, a fundação do Anffa Sindical, o qual Porto dirige, desde 2014, com mandato previsto até outubro 2020.

 

Déficit na carreira é cada vez maior

Apesar de exercer atividade classista no Anffa Sindical, Maurício Porto faz parte de um rol de Auditores Agropecuários já em condições para se aposentar. O presidente conta que, hoje, mais de metade da força de trabalho da Carreira tem os requisitos para aposentadoria, e muitos vem optando pela mesma, receosos, sobretudo, com o futuro da Previdência Social do país.

“Nosso quadro funcional vai ficando cada vez mais enxuto conforme se aproxima essa votação da reforma previdenciária. Apesar de o Governo dizer que o texto da Reforma não irá atingir os servidores entre 60 e 65 anos, próximos da aposentadoria ou com tempo completo, muitos preferem não trocar o certo pelo duvidoso, aposentando-se logo e mantendo as prerrogativas atuais. Dessa forma, o MAPA acaba perdendo uma força de trabalho de colegas que poderiam atuar por mais tempo”, explica Porto.

Atualmente, segundo dados levantados pelo próprio Ministério da Agricultura, existe um déficit de 1300 Auditores Agropecuários. Esse número era ainda maior, antes de o MAPA realizar concurso para provimento de 300 vagas, no final de 2017.
 

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