O curso foi idealizado pela Coordenação de Animais Aquáticos (CAQ) do Departamento de Saúde Animal (DSA) por meio do Programa Nacional de Sanidade dos Animais Aquáticos (PNSAQ), que visa a capacitação de todo o Serviço Veterinário Oficial em sanidade de animais aquáticos. O coordenador do Programa, affa Bruno Leite, explica que a piscicultura é uma atividade presente em praticamente todos os Estados do Brasil e tem um índice de crescimento grande. Diante disso, o Ministério da Agricultura e os órgãos estaduais precisam de estrutura e profissionais capacitados para atuar no setor.
“Nossa ideia é que tenhamos um serviço oficial capaz de prevenir, com eficiência, a entrada de doenças que existem no mundo e ainda não chegaram ao País, como a Tilápia Lake Virus, que apesar de não apresentar riscos à saúde humana, tem o potencial de causar grandes impactos econômicos na economia nacional. Além disso, estamos preparando os servidores para uma atuação rápida e eficaz como resposta a uma eventual entrada desse agente infeccioso”, informou o affa.
Assim, serão discutidos aspectos teóricos como a legislação sanitária e políticas públicas em sanidade de animais aquáticos, a cadeia produtiva da piscicultura no Brasil, e fatores de risco para a ocorrência de doenças, entre outros. Na parte prática, os presentes realizarão a avaliação clínica, coleta e conhecerão os parâmetros para envio do material para diagnóstico, que é feito no próprio LFDA-MG.
A capacitação da segunda turma do projeto está prevista para acontecer ainda neste ano, com o módulo sobre crustáceos. Em 2023 será a vez do módulo de moluscos e a segunda turma do módulo de peixes. O curso será disponibilizado em pontos focais do programa, nos estados onde cada setor é mais presente. “O módulo de crustáceos será oferecido preferencialmente aos estados litorâneos que têm criações de camarão, e o mesmo vale para os moluscos”, informou Bruno.
O coordenador do Programa destaca que apesar do curso ter sido planejado pela Coordenação de Animais Aquáticos, houve uma parceria grande e eficaz por parte da Coordenação Geral de Apoio Laboratorial (CGAL), e, especificamente no módulo de peixes, do LFDA-MG, que tem provido todo o suporte necessário para a realização do curso, propiciando ainda, uma valiosa troca de informações entre os técnicos da área de diagnóstico com os técnicos que vão a campo.
“Sem a atuação da Coordenação Geral de Apoio Laboratorial, e do LFDA-MG, não conseguiríamos fazer um curso tão bom quanto este que acontece ao longo da semana”, agradeceu.
