Aeroporto internacional de Maceió não realiza fiscalização sanitária de bagagens por falta de Affas

Em Maceió, a entrada de produtos importados pelo Porto de Jaraguá também não é fiscalizada.

Três dos maiores aeroportos internacionais do País não realizam fiscalização sanitária de bagagens por falta de affas
Foto: Anffa Sindical

O Anffa Sindical noticiou há poucos dias, por meio de reunião com o diretor do Departamento Departamento de Serviços Técnicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (DTEC/MAPA), José Luis Ravagnani Vargas, a ausência de Auditores Fiscais Federais Agropecuários, responsáveis pela fiscalização de sanitária de bagagens em dois grandes aeroportos internacionais Brasileiros, relembre aqui.

No encontro, Janus Pablo, presidente do Anffa Sindical, pontuou sua preocupação diante do fato, em razão de serem locais de grande trânsito internacional de pessoas e lembrou o estado de emergência contra a Peste Suína Africana pelo qual o País passa. Além disso, no último dia 22, somou-se à situação o alerta emergencial contra a Influenza Aviária, condição decretada pelo ministro da agricultura, Carlos Fávaro.

Diante da crítica ao fato de tais locais estarem desprotegidos contra o ingresso de pragas e doenças no Brasil, outros relatos foram encaminhados ao Anffa Sindical descrevendo situações similares em outros Estados. Conforme apurado pelo Sindicato, o Aeroporto Internacional de Maceió - Zumbi dos Palmares - SBMO/MCZ também não possui Auditores Agropecuários em atividade para a fiscalização de bagagens.

No aeroporto, que recebe dois voos internacionais provenientes de Portugal por semana, e eventualmente, outros voos esporádicos com até 150 passageiros cada um, nenhuma bagagem é fiscalizada nos aspectos sanitário e fitossanitário. Conforme investigação do Sindicato, o Porto de Jaraguá é outro local onde não existe controle dos produtos importados, também devido à falta de servidores.

Os próprios Auditores Agropecuários do Estado, cerca de 12 atualmente, empenharam esforços em busca de soluções, revezando-se entre seus postos fixos de trabalho e os dois locais mencionados, contudo, em função do número reduzido de servidores e da alta demanda de trabalho, foi necessário interromper esse planejamento já que o setor de origem ficava desguarnecido.

Segundo análises dos próprios Affas, apenas dois servidores, um engenheiro agrônomo e um médico veterinário já seriam suficientes para solucionar o problema no Aeroporto Internacional de Maceió e no Porto de Jaraguá. 

Concurso Público

“A única ação governamental capaz de solucionar essas questões de modo definitivo é a realização de concurso público” , criticou um Auditor Agropecuário que prefere não se identificar. “A ausência de Auditores Agropecuários em locais estratégicos como esses expõe o País à introdução de pragas e doenças em território nacional, colocando em risco todo o agronegócio brasileiro” , analisou.

Conforme noticiado pelo Anffa Sindical, são frequentes as apreensões de produtos cárneos de origem suína em aeroportos internacionais. No Aeroporto Internacional de Guarulhos, por exemplo, semanalmente são apreendidos produtos como linguiças, salames e presuntos, itens que mesmo rotulados, possuem o potencial de introduzir o vírus da Peste Suína Africana no País.

Em outros locais da Defesa Agropecuária, os poucos servidores restantes também têm se desdobrado para dar continuidade ao trabalho. Em referência ao risco de ingresso da Influenza Aviária, o Anffa Sindical noticiou em abril deste ano que duas brasileiras sustentam a avicultura industrial na raça.

Ao mesmo tempo, o Anffa Sindical vem envidando todos os esforços possíveis a fim de sensibilizar o governo sobre a necessidade urgente de contratação de servidores. Com o início das Mesas Setoriais de Negociação com o Executivo, previstas para o mês de junho, a organização espera obter a concretização dessa pauta, bem como da reestruturação remuneratória da carreira o mais brevemente possível.

Anffa Sindical

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