Pequenos agricultores familiares, dirigentes sindicais, fiscais sanitários, trabalhadores autônomos, supermercadistas, produtores rurais, representantes comerciais, autoridades públicas dos setores agropecuário e de abastecimento alimentar, além de estudantes, engenheiros agrônomos e outros profissionais. Esse foi o público do 1º Encontro de Rastreabilidade de Produtos Vegetais Frescos do Rio de Janeiro, realizado nesta quinta-feira (19/09), em dois horários, na Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa/RJ).
O auditor fiscal federal agropecuário, Yoshio Fugita, do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), conquistou todos os presentes com uma apresentação descontraída e interativa. O especialista usou diversos recursos, como participação da plateia, fantasias, músicas, distribuição de brindes e pirulitos, para ressaltar a importância e a aplicabilidade da Instrução Normativa Conjunta (INC) nº 2, de 07/02/2018, estabelecida pelo Mapa e pela Anvisa, que trata da rastreabilidade ao longo da cadeia produtiva de vegetais frescos.
De acordo com Fugita, a maioria das pessoas não sabe de onde vem o produto disponível nas gondolas dos supermercados, de que maneira ele foi produzido, se houve uso de defensivos agrícolas na lavoura, e outras informações sobre os processos produtivos e de comercialização dos alimentos que chegam à nossa mesa.
“Você tem a certeza de que os morangos ou quaisquer frutas que dão para seus filhos e netos são livres de agrotóxicos proibidos no Brasil?”, questionou Fugita.
Segundo ele, controlar e racionalizar o uso de agrotóxicos no setor primário; prevenir ou minimizar os riscos da ocorrência de perigos físicos, químicos e microbiológicos aos consumidores; e responsabilizar os diferentes elos da cadeia produtiva de frutas e hortaliças frescas com a qualidade e segurança dos alimentos comercializados são alguns dos objetivos da INC nº 2.
Fugita aponta ainda os benefícios da rastreabilidade de alimentos frescos como identificação da origem e destino do produto; facilitação do fluxo de informação do produtor para o consumidor e vice-versa; diferenciação mercadológica e identificação das características qualitativas, além de conhecimento das causas e aplicação de medidas corretivas para redução de casos de violações.
“Esse tema ainda gera muitas dúvidas, mas não é nenhum bicho de sete cabeças. A rastreabilidade é uma realidade que virá com tudo. Todos os produtores, pequenos, médios ou grandes, deverão se adequar às normas. O mercado vai exigir isso”.
Os entes da cadeia produtiva, sejam eles pessoas físicas, jurídicas, produtores primários, unidades de consolidação, varejistas, atacadistas, centros de distribuição ou importadores, deverão registrar informações como nome do produto vegetal, variedade, quantidade do produto expedido, identificação do lote, data da expedição do produto vegetal, ou informações do comprador como nome ou razão social e outras.
Os procedimentos para a aplicação da Instrução Normativa Conjunta nº 2 estão disponíveis no portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na Internet: ACESSE AQUI.
Os produtores rurais que tiverem dificuldades para se adequar à INC nº 2 podem tirar suas dúvidas com a Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Rio de Janeiro (SFA/RJ) através dos contatos: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou (21) 2291-4141.
Ineditismo
O 1º Encontro de Rastreabilidade de Alimentos Vegetais Frescos do Rio de Janeiro, realizado nesta quinta-feira (19/09), pela Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa/RJ), reuniu diversos representantes públicos, privados e da sociedade civil interessados em internalizar as novidades sobre a rastreabilidade em vegetais em toda a cadeia produtiva.
Compuseram a mesa oficial do evento a presidente da Ceasa/RJ, Bianca de carvalho; o chefe da Divisão de Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura no Rio, Celso Merola Junger; o deputado estadual e vice-presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa (Alerj), Val Ceasa; o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Expansão Rural do Estado (Emater-Rio), Jorge Gonçalves da Silva; o vereador e vice-presidente da Comissão de Abastecimento, Indústria, Comércio e Agricultura da Câmara de Vereadores do Rio, Jair da Mendes Gomes; a presidente da Associação de Supermercados do Estado (Asserj), Bianca Costa; e o presidente da Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes em Entrepostos de Abastecimento (Brastece), Waldir de Lemos.
Antes da palestra do auditor fiscal federal agropecuário, Yoshio Fugita, a chefe da Divisão Técnica da Ceasa/RJ, a engenheira agrônoma Rozana Moreira, apresentou dados sobre a Central de Abastecimento.
O evento contou com parceria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) e teve apoio da Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio e São Gonçalo (Acegri), do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), da União das Associações e Cooperativas Usuárias do Pavilhão 30 (Unacoop), da Associação dos Produtores Hortifrutigranjeiros do Estado do Rio de Janeiro (Apherj) e da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (ceagesp).
Segundo Fugita, foram distribuídos brindes e folhetos informativos sobre a carreira/Sindicato a todos os participantes do Encontro.