Entidades filiadas aos fóruns nacionais de servidores públicos vão ouvir as carreiras na próxima semana, sobre a contraproposta salarial do Executivo Federal, de reajuste de 9%, previsto para maio, com efeito no pagamento de junho, após a publicação de Medida Provisória. Antes de oficializar esse percentual, o Governo havia oferecido 8,4%, no início da reunião, frustrando as entidades. O percentual do vale-alimentação, no entanto, 43,6%, ou seja, de R$ 200,00, é o mesmo oferecido na primeira rodada de negociação, em 16 de fevereiro.
"Essa proposta não atende às expectativas da nossa carreira, que vai se reunir em assembleia, na próxima segunda-feira (13), para deliberar sobre o que foi proposto pelo Governo, lembrando que se trata de uma negociação salarial coletiva em caráter emergencial e que o ANFFA espera avançar, com melhores resultados, nas mesas de negociações setoriais, em outra etapa”, esclareceu Janus Pablo de Macedo, presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA). Caberá ao Fonacate dar a resposta ao Executivo, ainda esta semana, com base no que cada entidade decidir.
Mesmo frustrado com a contraproposta coletiva, que passou longe dos 13,5% proposto ao Governo pelas entidades filiadas aos fóruns nacionais de servidores públicos, em 28 de fevereiro, o Sindicato reforça que acredita na negociação das mesas setoriais. “Nossa carreira acumula defasagem salarial por sete anos. São perdas inflacionárias que não vamos abrir mão”, adiantou Janus.
De acordo com presidente, na rodada setorial, o Sindicato terá liberdade para tratar as demandas da categoria de forma ampla, em outro contexto, podendo incluir os benefícios aos aposentados, referentes ao plano de saúde e à incorporação de outros ganhos obtidos pelos ativos, conquistando a tão desejada reestruturação.
