Florianópolis está se consolidando como um importante hub econômico no sul do Brasil, especialmente com a recente abertura de uma rota direta para os Estados Unidos. O Aeroporto Internacional de Florianópolis também está prestes a triplicar a capacidade do terminal de cargas, reforçando seu papel estratégico para a economia da região. No entanto, a escassez de auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs) coloca em risco a fiscalização de bagagens e cargas internacionais, um fator imprescindível para garantir a segurança agropecuária e sanitária do país.
Atualmente, o terminal conta com apenas três auditores agropecuários — dois médicos veterinários e um engenheiro agrônomo recém-integrado. Esse quadro reduzido impossibilita a operação em regime de plantão, o que significa que a maioria dos voos internacionais não é inspecionada, principalmente aqueles que chegam fora do horário de expediente.
"Os auditores precisam fiscalizar uma ampla variedade de itens em todos os voos internacionais que chegam ao Brasil. É um trabalho que exige comprometimento e dedicação, mas é necessário ter pessoal suficiente para que essas operações sejam sempre realizadas nas melhores condições possíveis", afirma o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais (Anffa Sindical), Janus Pablo Macedo. "Contamos com o reforço que virá dos concursos no futuro próximo, mas ainda assim não será o suficiente. Precisamos de centenas de novos auditores espalhados por todo o país," alerta Macedo.
Com o aumento no fluxo de voos internacionais, superando aeroportos como Curitiba e Porto Alegre, a falta de uma fiscalização eficiente em Florianópolis torna-se ainda mais preocupante. O principal risco é a entrada no Brasil de carnes, vegetais e sementes com doenças e pragas devastadoras, como a peste suína africana, acarretando prejuízos bilionários ao agronegócio brasileiro.
Diante desse cenário, a ampliação da capacidade do terminal de cargas e a nova rota internacional representam não só um avanço econômico para a cidade, mas também um desafio urgente para as autoridades competentes. “Sem reforço no número de auditores, o Brasil corre o risco de comprometer a segurança e a qualidade dos alimentos e competitividade no mercado global”, completa o presidente.
CONTATO ASSESSORIA| FSB Holding/Anffa Sindical
Shismênia Oliveira
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