Drones reforçam fiscalização agropecuária

O uso desses equipamentos começa a ser ampliado no pós-pandemia, em diversas operações


Em um ano e meio de utilização de drones em operações de fiscalização agropecuária, esses equipamentos já deram mostras da eficiência nos resultados apresentados, especialmente no Paraná, onde seis deles apoiaram fiscalizações de produtos de origem vegetal e animal. Recentemente, foram usados na operação Ronda Agro IX, do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira), realizada no Rio Grande do Sul, com apreensão de milho, soja e outros produtos de origem vegetal, assim como os que são usados na alimentação animal, irregulares ou contrabandeados. Além disso, foram apreendidos animais sob suspeita de contrabando.

Segundo o auditor fiscal federal agropecuário (affa) Roberto Siqueira Filho, engenheiro agrônomo, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e coordenador do Grupo de Trabalho de Introdução ao Uso de Drones na Fiscalização, em Londrina (PR), o objetivo é ampliar a utilização desse equipamento que vem conferindo maior precisão à ação dos affas. “O drone facilita muito nosso trabalho em várias áreas, como, por exemplo, na fiscalização das pesquisas com transgênicos, porque conseguimos fazer medições das plantas com maior assertividade, por meio das imagens feitas por ele”, explica o coordenador e acrescenta que o Grupo de Trabalho estuda outras formas de usar o equipamento na fiscalização. “Avaliamos usar no monitoramento da entrada de animais nas fronteiras, que pode ocorrer de forma ilegal”, adianta Roberto, lembrando que o drone pode enviar imagens da área vigiada, ampliando a visão do auditor.

O coordenador informa também que o GT já identificou a necessidade de ter drones com softwares para agilizar a medição de algumas áreas monitoradas, assim como alguns com dispositivo infravermelho para as fiscalizações noturnas. “Nossa intenção é adquirir softwares e outras ferramentas para ampliar o alcance desse equipamento nas fiscalizações”, reforça Roberto e esclarece que esse trabalho com o drone ainda está em etapa inicial, mas que será ampliada a partir de agora, no pós-pandemia. “Introduzimos o drone na fiscalização agropecuária no final de 2019, quando eu me habilitei a usar o equipamento. Na época, fiz treinamentos e planejamos treinar outros affas, mas veio a pandemia da Covid-19 e impediu a continuidade do projeto. Esse não é um treinamento que possa ser feito de forma virtual”, explicou.

Reforço
De acordo com o coordenador do GT do drone, assim como o equipamento foi útil na recente operação do Vigifronteira, na apreensão de agrotóxicos e de outros produtos ilegais, também será em várias outras áreas de atuação dos affas. O Grupo considera que o ideal é ter drones em todas as fiscalizações agropecuárias de campo. Que pelo menos um affa seja habilitado para usar o equipamento em cada região do país. “Em breve poderemos treinar auditores do Paraná e de outros estados, como Mato Grosso e São Paulo, que já manifestaram interesse no uso dos drones, assim como outros estados”, revela Roberto. 

No momento, o GT planeja, na próxima atividade de fiscalização na área de produtos e serviços de origem animal, levar um veterinário para acompanhar as ações com os bichos. “E com a ajuda do drone fica mais fácil mapear e monitorar a área de circulação de animais contrabandeados, por exemplo”, esclarece.

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