Dando andamento a reunião entre a Diretoria Executiva Nacional (Direx) do Sindicato Nacional dos Auditores Federais Agropecuários (Anffa Sindical) e o Conselho de Delegados Sindicais (CDS), nesta quarta-feira (29/11), os participantes debateram sobre as possíveis formas de mobilização da carreira no cenário atual.
O Presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo, iniciou conclamando os Delegados Sindicais a transmitirem os anseios de suas bases e a construir em conjunto a melhor posição para o momento. “Estamos aqui reunidos para que possamos, juntos, optar pela melhor escolha para todos. É importante termos a posição de todos para podermos formar uma estratégia”, afirma o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo.
Após uma detalhada explanação sobre os encaminhamentos das negociações, as falas dos Delegados em unanimidade foram no sentido que este não é o melhor momento para a realização de mobilização. Consideram que não há fato novo ou descumprimento de andamentos que justifiquem uma mobilização agora.
A avaliação é que não há proposta do Governo Federal para a carreira, mas o governo se comprometeu a apresentar um calendário da segunda rodada de negociações das mesas específicas no dia 15 de dezembro.
A Delegada Sindical do Rio Grande do Sul, Soraya Marredo, afirmou que, apesar do seu estado ser a favor da mobilização, “o melhor para o momento é aguardar a proposta que receberemos do governo para então decidir”. Posição semelhante tem o Delegado do Paraná, Alexandre Bastos, para que “o processo de negociação até o momento está se encaminhando dentro de uma normalidade”.
Para o Delegado Sindical do Tocantins, Luís Eduardo Cardoso, é preciso analisar os recentes acontecimentos para a construção do debate sobre a possível mobilização. “Estamos em um contexto diferente. Com uma negociação em andamento. Não houve fato novo que justifique uma ruptura. E não podemos nos pautar por outras carreiras porque cada uma tem sua realidade quanto à pauta e ao andamento da negociação. Atualmente, não vejo motivo para iniciar algum ato”.
O Delegado Sindical de Minas Gerais, Serguei Brener, também pontuou sobre a importância de manter um bom relacionamento com o Governo Federal neste momento, já que a carreira é prioridade diante das negociações. “O ritmo das mesas pode não ser tão rápido como gostaríamos que fosse, mas é o mesmo que acontece para todas as carreiras. Ainda assim, considero que estamos adiantados. Com as informações que recebi aqui, vou voltar ao estado e levar aos filiados”, afirma.
Adicionalmente, alguns outros fatores foram importantes para a decisão: os auditores entrarão em férias de agora em diante, inclusive vários dirigentes sindicais; a partir do dia 29/12 o CDS será renovado em mais de 50% e efetivamente serão os novos delegados que conduzirão qualquer mobilização e faz-se necessário alinhar uma proposta de mobilização com Anteffa, que está na mesma situação nas negociações e que tem trabalhado ativamente, em parceria com o Anffa Sindical, em ações no parlamento e no executivo federal.
Apesar de concordarem que não é o momento para uma ação mais incisiva neste momento, os delegados entendem que o Anffa Sindical já deve se preparar. É preciso aguardar o orçamento e a proposta do MGI. Para a Delegada de São Paulo, Gisele Camargo, “a hora é de preparação. Organizar a realização de um possível movimento mais forte com os novos delegados sindicais”.
