Fronteira do Acre está sem auditor agropecuário para controlar entrada de doenças e pragas no Brasil, e liberar mercadorias à exportação

 

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O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais (Anffa Sindical) demonstra preocupação com o déficit de servidores da carreira, no Acre. Apenas seis auditores da carreira atuam no estado. De acordo com dados de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Acre possui 164.173,431 km² de território total, sendo que 88% dele está em área de fronteira. O estudo indica, ainda, que 16 cidades estão localizadas nas divisas com Peru e Bolívia.  

Em posição territorial estratégica e com a facilidade de escoamento da produção pela Estrada do Pacífico, a exportação de grãos por meio de portos peruanos, segundo o governo do Acre, reduz a distância, o valor do frete e o tempo em relação a países asiáticos, que são os principais importadores de insumos do Brasil. Estima-se que a proximidade com as nações andinas tem potencial para atingir um mercado de mais de 44 milhões de consumidores, caso as exportações continuem em crescimento. 

Para isso, entretanto, é preciso aumentar o número de auditores agropecuários na região para certificar as mercadorias e liberá-las ao mercado internacional no mesmo ritmo que o agronegócio demanda. Segundo o IBGE, entre os anos de 2012 e 2022, o cultivo de soja, no Acre, aumentou 7.000%. Em 2019, a área plantada era de 1,6 hectares. Já em 2022 saltou para 11,3 hectares. 

Segundo o Anffa Sindical, além das exportações, outro prejuízo gerado pela falta de auditores é o controle, no Brasil, da chamada monilíase do cacau e do cupuaçu, praga que devasta plantações. Desde 2021, o Acre está sob emergência fitossanitária, após o registro de um foco da doença no interior do estado. 
 

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